domingo, 31 de julho de 2011

Bem-estar espiritual e transtornos psiquiátricos menores em estudantes


RESUMO
INTRODUÇÃO: Religiosidade/espiritualidade e saúde mental parecem positivamente associadas. O estudo examina associações entre bem-estar espiritual e distúrbios psiquiátricos menores em estudantes de Psicologia.
MÉTODOS: Uma escala de bem-estar espiritual, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e informações sociodemográficas foram utilizadas na totalidade (n = 351) dos alunos de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas (RS), no ano de 2002. Foram comparados os escores atuais com os dos alunos de Direito e Medicina da mesma universidade em 2001 (n = 464).
RESULTADOS: 84,6% dos alunos de Psicologia apresentaram espiritualidade negativa, comparados a 68,8% dos acadêmicos de Medicina e 68,5% de Direito (p < 0,001). Diferenças semelhantes foram encontradas nas subescalas de bem-estar existencial e religioso. O SRQ-20 foi similar nos três cursos. A razão de chances mostrou associação de 3,71 (IC 95% 1,29-10,68) entre o bem-estar espiritual e o escore do SRQ-20 em alunos de Psicologia.
DISCUSSÃO: Os achados coincidem com a experiência internacional. É preocupante que estudantes de Psicologia se mostrem mais distantes de questões espirituais/religiosas, levando em conta a associação espiritualidade/saúde-enfermidade.
CONCLUSÃO: A religiosidade/espiritualidade se mostrou como fator inversamente associado a transtornos psiquiátricos menores em estudantes de Psicologia.
Descritores: Espiritualidade, religiosidade, alunos de Psicologia, saúde mental, transtornos psiquiátricos menores.


INTRODUÇÃO
A religiosidade e a espiritualidade sempre foram consideradas importantes aliadas das pessoas que sofrem e/ou estão doentes. Entretanto, a medicina ocidental como um todo e a psiquiatria, em especial, têm tido duas posturas básicas em relação ao tema: 1) negligência, por considerar esses assuntos irrelevantes ou fora de sua área de interesse principal; 2) oposição, ao caracterizar as experiências religiosas de seus pacientes como evidências de psicopatologias diversas1,2.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 24% da clientela dos centros de atenção primária apresenta transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade e uso inadequado de substâncias3. Na população urbana de Pelotas, foi encontrada uma prevalência de 22,7% de transtornos psiquiátricos menores (TPM) em maiores de 15 anos4. Há, portanto, a necessidade de desenvolver novas formas de promover a saúde mental na população, formas que devem considerar também a dimensão "espiritual", tendência que se mostra em expansão5.
A questão da espiritualidade é muito ampla, e sua mensuração, bastante complexa, sendo o bem-estar espiritual (SWB) um de seus aspectos passíveis de avaliação. Por SWB, entende-se a percepção subjetiva de bem-estar do sujeito em relação à sua crença. O desenvolvimento de instrumentos de mensuração do SWB foi baseado no conceito de espiritualidade que envolve um componente vertical, religioso (um sentido de bem-estar em relação a Deus), e um componente horizontal, existencial (um sentido de propósito e satisfação de vida), sendo que este último não implica em qualquer referência a conteúdo especificamente religioso6. A espiritualidade coloca questões a respeito do significado da vida e da razão de viver, não se limitando a alguns tipos de crenças ou práticas. A religião é definida como a crença na existência de um poder sobrenatural, criador e controlador do universo, que deu ao homem uma natureza espiritual que continua a existir depois da morte do seu corpo. Religiosidade é a extensão na qual um indivíduo acredita, segue e pratica uma religião.
A influência da espiritualidade na saúde física, mental e social tem sido amplamente demonstrada3,7,8. Há evidências crescentes de que a religiosidade (uma das dimensões da espiritualidade) está associada com saúde mental. Sabe-se que a presença de religiosidade pode ser tanto um fator protetor como desagregador para a saúde mental. Em um estudo de revisão, foi mostrada uma associação positiva em 50% dos casos e negativa em 25% deles. Nessa revisão, a religiosidade foi considerada como sendo um fator protetor para o suicídio, abuso de drogas e álcool, comportamento delinqüente, satisfação marital, sofrimento psicológico e alguns diagnósticos de psicoses funcionais9. Volcan et al. também mostraram que o SWB atua como fator associado para TPM, já que indivíduos com SWB baixo e moderado manifestaram o dobro de chances de apresentar tais transtornos.
Apesar da associação entre saúde mental e religiosidade, existe uma disparidade entre as crenças dos profissionais da área psicológica e psiquiátrica e as crenças da população em geral. Enquanto cerca de 90% da população em geral acredita em Deus, apenas 43% de uma amostra de psiquiatras membros da Associação Psiquiátrica Americana tem tal crença10.
Há uma escassez na literatura de estudos que envolvam religiosidade com estudantes de Psicologia. Um estudo recente encontrado foi o de Lewis, com 48 estudantes de Psicologia, na Irlanda. Nesse estudo, encontrou-se que a religiosidade é percebida como sendo acompanhada por níveis altos de obsessividade, sugerindo a existência de um estereótipo ou de um pré-conceito em relação aos efeitos da religião na saúde mental entre alunos do curso de Psicologia11.
Os achados sugerem que religiosidade e saúde mental estão positivamente associadas11, e que o fortalecimento do SWB pode auxiliar significativamente na redução da angústia relacionada a doenças e na promoção da saúde6. Entretanto, há a hipótese de que profissionais e estudantes promotores da saúde mental teriam um escore reduzido na escala de SWB (SWBS).
O presente trabalho foi desenvolvido em continuidade a nosso estudo anterior6 para: 1) testar a hipótese de que a atividade psicológica associa-se a reduzido SWB; e 2) verificar se a relação entre saúde mental e religiosidade sugerida na literatura é extensiva também aos alunos do curso de Psicologia.

MÉTODOS
Durante o ano de 2002, foi entrevistada a totalidade dos alunos do curso de Psicologia da Universidade Católica de Pelotas (RS) (n = 351). A coleta de dados foi realizada por uma única acadêmica do curso de Psicologia. Foi utilizado um questionário auto-aplicável contendo a SWBS, de Paloutzian & Ellison, Self-Reporting Questionnaire(SRQ-20) e informações sociodemográficas.
A SWBS é constituída de 20 itens, dos quais 10 avaliam o bem-estar religioso (RWB), e os demais, o bem-estar existencial (EWB). Cada um dos 20 itens é respondido em uma escala de 6 pontos, a qual varia de "concordo fortemente" a "discordo fortemente". O examinando deve graduar afirmações do tipo "Eu acredito que Deus está preocupado com meus problemas" para RWB e do tipo "Eu me sinto realizado e satisfeito com a vida" para EWB. Os escores das duas subescalas são somados para obtenção da medida geral de SWB. Testes de confiabilidade, obtidos em uma amostra de 100 estudantes voluntários da Universidade de Idaho, tiveram como resultados os coeficientes de 0,93 (SWB), 0,96 (RWB) e 0,86 (EWB). Como índice de consistência interna, os coeficientes alfa encontrados foram 0,89 para o índice geral, 0,87 para subescala de RWB e 0,78 para subescala de EWB. A magnitude desses coeficientes sugere que a SWBS tem alta confiabilidade e consistência interna. Os escores da SWBS estão correlacionados, como esperado, a outras medidas de avaliação da espiritualidade/religiosidade, bem como a outros índices de bem-estar. Paloutzian & Ellison sugerem como pontos de corte para o escore geral de SWB os intervalos de 20 a 40, 41 a 99 e 100 a 120, para baixo, moderado e alto SWB, respectivamente. Nas duas subescalas, os intervalos são de 10 a 20, 21 a 49 e 50 a 60 pontos12. Na análise desse estudo, os resultados da SWBS foram denominados positivo para escore alto e negativo para escores moderado e baixo.
Optou-se pela utilização desse instrumento porque ele possibilita a mensuração quantitativa da espiritualidade, diferenciando-a da dimensão estritamente religiosa, tendo sido adaptado para o Brasil por Volcan et al.6.
O SRQ-20 é um instrumento para levantamento de TPM recomendado pela OMS, validado para a população brasileira por Mari & Williams13. No presente estudo, considerou-se que os sujeitos do sexo masculino que obtivessem escores de até 7 pontos e os do sexo feminino com pontuações de até 6 pontos seriam considerados SRQ-20 negativo, enquanto que os que obtivessem pontuações acima destas teriam a denominação de SRQ-20 positivo.
A entrada de dados foi realizada utilizando o Epi Info 5.0, e a análise dos dados foi feita através do SPSS.
Inicialmente, os dados do curso de Psicologia foram organizados em tabelas que utilizaram freqüências relativas e freqüências percentuais. O teste do qui-quadrado foi usado para avaliar a significância da diferença entre esses resultados e os resultados relativos aos cursos de Direito e Medicina. Para avaliar a associação entre TPM e SWB, utilizou-se a regressão logística. A razão de chances foi calculada levando-se em conta duas possibilidades de resposta quanto ao SWB (negativo e positivo) em relação ao resultado do SRQ-20.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Santa Casa de Pelotas.

RESULTADOS
Os dados obtidos com os alunos do curso de Psicologia foram comparados aos resultados encontrados por Volcan et al.6, em pesquisa anterior, que utilizou a mesma metodologia para comparar e descrever uma amostra de alunos dos cursos de Direito e Medicina da mesma universidade. A soma das amostragens incluiu o total de 815 alunos na análise.
O estudo anteriormente realizado pesquisou 464 universitários, matriculados no terceiro, quarto e quinto anos dos cursos de Direito e Medicina, durante os meses de maio e junho de 2001. A coleta de dados foi realizada por psicólogos ou acadêmicos de psicologia, e os alunos ausentes foram procurados para responder individualmente ao questionário; destes, 43 não foram encontrados (9,3% da amostra)6.
Quando foi agrupado o presente estudo com o estudo anterior, obteve-se uma amostra (n = 815) que apresentou um predomínio do gênero masculino no curso de Medicina (58,8%) e feminino nos cursos de Direito (55%) e Psicologia (89%) (tabela 1).


A faixa etária dos grupos teve média de 24,4 anos; a idade dos alunos de Medicina variou de 20 a 33 anos; dos de Direito, de 19 a 59 anos; e dos de Psicologia, de 17 a 64 anos. Enquanto 30,7% dos alunos de Psicologia tinham idade superior ou igual a 26 anos, apenas 11,4% da amostra de Medicina encontrava-se nessa faixa etária (p < 0,001).
Quanto ao desempenho na SWBS, observou-se que 68,5% dos alunos de Direito e 68,8% dos alunos de Medicina apresentaram escores negativos de espiritualidade, enquanto 84,6% dos alunos de Psicologia obtiveram resultado negativo nessa escala (p < 0,001). Na subescala de EWB, 35,9% dos alunos de Medicina, 31,5% dos alunos de Direito e 16,5% dos acadêmicos de Psicologia demonstraram escores de EWB positivo (tabela 2).


Na variável RWB, houve maior semelhança entre os grupos. Obtiveram resultado positivo 35,9% dos estudantes de Medicina, 37,1% dos de Direito e 26,7% dos de Psicologia (p < 0,05).
No SRQ-20, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, já que 21,1% dos acadêmicos de Psicologia obtiveram escores positivos, comparados a 17,5% dos alunos de Direito e 20% dos alunos de Medicina (tabela 3).


Nos alunos de Psicologia, não houve diferença estatisticamente significativa nas variáveis SRQ-20 e SWB quanto ao gênero. Conforme observado na tabela 4, a razão de chances entre os níveis de SWB e o escore de SRQ-20 foi de 3,71 (IC 95% 1,29-10,68), indicando que estudantes de Psicologia com TPM apresentam mais chances de obterem baixas pontuações na escala de bem-estar-espiritual e nas subescalas (existencial e religioso).


DISCUSSÃO
Os resultados do presente estudo indicam que estudantes de Psicologia com TPM apresentam mais chances de obterem baixas pontuações na escala de EWB. Indicam ainda que alunos de Psicologia com esses transtornos tiveram duas vezes mais chances de obterem baixas pontuações no RWB. Porém, nesse caso, não se pode afirmar que a relação é significativa (pois seu menor valor é 0,99), embora haja uma forte tendência (pois o intervalo engloba o 1).
Esses achados confirmam a hipótese de que estudantes do curso de Psicologia obteriam escores menores de SWB, existencial e religioso do que acadêmicos dos cursos de Direito e Medicina.
Quanto às diferenças na dimensão religiosa da escala, a experiência internacional mostra justamente que psicólogos americanos, por exemplo, acreditam menos em Deus do que a população em geral. O instituto Gallup encontrou que 96% dos americanos acreditam em Deus, enquanto 26% dos psicólogos clínicos são ateus ou agnósticos14.
Ademais, percebe-se que ainda é muito presente no corpo docente do curso de Psicologia o distanciamento forte entre religião e ciência, já que elas parecem "existir em esferas separadas ou com pouca intersecção"15. Especula-se que a visão de Freud de que a religião seria para a vida social o que a neurose é para a vida individual16 ainda pode ser considerada um dos fatores de peso para a existência dessa diferença nos escores marcados entre os cursos.
Em contraposição, estudos recentes sugerem que a religião cumpre duas tarefas culturais e psicológicas fundamentais: possibilita a construção de um mundo possível, de uma ordem plausível e aceitável, dando um sentido ao caos fenomênico da experiência; e permite ao homem dar um sentido a seu sofrimento. Assim, numa perspectiva das ciências sociais e psicológicas contemporâneas, a religião não é mais vista como simples sistema defensivo ou de alienação. Seu papel como instituição social, organizador da experiência subjetiva, tem sido enfatizado tanto por cientistas sociais quanto por pesquisadores das áreas de saúde mental17. Tal idéia confirmaria o achado de que, nessa amostra, a presença de TPM associa-se a baixos escores de RWB.
A amostra dos três cursos apresentou uma menor prevalência de TPM que estudos de base populacional anteriormente publicados4. Entre os possíveis motivos para essa diferença, estarão 1) a concentração de sujeitos com melhor recurso socioeconômico freqüentando uma universidade privada, 2) o possível conhecimento prévio da escala pelos alunos de Medicina e Psicologia e 3) o conhecimento de psicopatologia pelos alunos da área da saúde, na medida em que a maior consciência dos próprios problemas os levaria a buscar recursos de tratamento. No entanto, não houve diferenças significativas quanto à prevalência de TPM entre os cursos, indicando uma homogeneidade da amostra. Tal achado confirma o argumento de que o fator socioeconômico seria o de maior força nessa questão.
Há cada vez mais evidências de que o SWB associa-se com as condições de saúde. Vários estudos sugerem que o exercício de atividades espirituais (a oração e outros rituais, por exemplo) pode influenciar psicodinamicamente, através de emoções positivas como a esperança, o perdão, a auto-estima e o amor. Estas emoções podem ser importantes para a saúde mental, através da ação de mecanismos psiconeuroimunológicos e psicofisiológicos9.
Embora religiosidade e espiritualidade difiram-se pela clara sugestão por parte da primeira de um sistema de adoração e doutrina específica que é partilhada por um grupo18, há uma considerável sobreposição dessas noções, na medida em que altos níveis de RWB tendem a levantar os escores de EWB, por darem um sentido para a vida e para a existência.
Portanto, mesmo que contribuam para o entendimento da questão, os resultados obtidos não possibilitam o estabelecimento de relações causais, devido a limitações próprias do delineamento transversal.

CONCLUSÕES
Os achados sugerem que o SWB se constitui num fator inversamente correlacionado à TPM. Estudantes com alta pontuação no SRQ-20 apresentaram mais chances de pontuarem menores escores na SWBS.
Ademais, fica evidenciado, na amostra, que as questões a respeito do significado da vida e da razão de viver (averiguadas através do EWB) são percebidas como menos satisfatórias pelos estudantes de Psicologia do que pelos estudantes dos outros dois cursos. Este achado pode ser preocupante na medida em que se supõe que os estudantes de Psicologia seriam, justamente, aqueles que deveriam estar mais voltados a essas questões de natureza existencial, tanto para si próprios como para seus pacientes. Possivelmente, este é um ponto de investigação para os coordenadores dos cursos de Psicologia, com respeito à natureza das influências sociais, culturais e psicológicas que os alunos - futuros profissionais - sofrem durante o período universitário. Quais fatores específicos podem associar-se com o desenvolvimento ou inibição da espiritualidade em alunos de Psicologia?

REFERÊNCIAS
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Marina Bento GastaudI; Luciano Dias de Mattos SouzaII; Laryssa BragaI; Cristina Lessa HortaIII; Flávio Martinez de OliveiraIII; Paulo Luis Rosa SousaIV; Ricardo Azevedo da SilvaIV
IAcadêmicos, Escola de Psicologia, Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS
IIMestrando em Saúde e Comportamento, Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS
IIIProfessores, Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS
IVProfessor titular, Faculdade de Psicologia, e orientador, Mestrado em Saúde e Comportamento, Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, RS

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